Eita! Se é natural é bom?

O ALERTA de hoje é sobre plantas!

A busca por conhecimento se atém superficialidade dos fatos ou das respostas. Quantas vezes jogamos 2 ou 3 palavras-chaves em um dado site de busca e obtemos inúmeras respostas?

A partir daí, vale o que queremos, ou seja, escolhemos as respostas!

 Exemplificando:  

  • Coloque no seu site preferido de busca na internet as palavras plantas + Diabetes.

Aparecerão após 0,52 segundos, aproximadamente 53.400.000 (cinquenta e três milhões e quatrocentos mil) resultados! UFA!

SIM, nós fizemos!

É lógico, as mais visualizadas virão em primeira mão ou em destaque!

Então, qual (is) o(s) critério (s) para escolha?

  1. Você!
  2. O tipo de conhecimento que você busca.
  3. Sua urgência.
  4. O mais usado ou popular.
  5. Os resultados imensos que você não quer.
  6. Os resultados de pesquisa científica (artigos).  
  7. A magia ou o que parece legal!

Apontamos 7 (sete) critérios, onde a relevância da sua busca foi direcionada ao tipo de resposta que você precisava, ou, correlacionada com o seu perfil de busca na internet. Assim, destes 7, apenas dois tópicos falam em conhecimento.

Precisamos compreender que as buscas são direcionadas.

Sim, seu computador (risos) já conhece você! A memória da internet funciona para agradá-lo.

Se não é da sua área ou se você não conhece:

  1. A farmacologia do medicamento fitoterápico,
  2. As plantas medicinais e seus compostos ativos,
  3. A doença, sua “prevenção” e suas “complicações”,
  4. As inúmeras possibilidades de interação dos medicamentos com alimentos e entre os medicamentos já utilizados no tratamento do Diabetes e do fitoterápico ou chá ou planta medicinal,
  5. A interpretação de seus exames laboratoriais e sua condição clínica.

Qual a sua conduta?

Gente, lógico que você vai usar o da moda ou a planta e/ ou o medicamento, mais citado!

 Modificando a pesquisa, vamos para:

Planta medicinal e Diabetes e o nome popular da planta

Alcançamos em 0,44 segundos, cerca de 140.000 (cento e quarenta mil resultados).

Quão absurdo é este resultado, considerando que usei na busca, uma das plantas da moda, e, que não tem nenhuma comprovação científica para DIABETES, ou seja, é um equívoco utilizá-la!

E, o site de busca, para facilitar a minha busca, me oferta seguintes perguntas:

  1. Plantas Diabetes mellitus.
    1. Plantas que curam Diabetes tipo 1.
    1. Planta indicadas no Diabetes.
    1. Plantas para diminuir Diabetes.
    1. Plantas MATADORAS de Diabetes.
    1. 5 plantas para Diabetes e seus benefícios.
    1. Qual folha para Diabetes?
    1. Como curei Diabetes?
    1. Qual cipó cura Diabetes?
    1. Usei e curei Diabetes (depoimentos).

Você já avaliou o absurdo destas respostas?

Estamos falando de doença crônica que acomete cerca de e 537 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos) no mundo (International Diabetes Federation, 2022) e 16,8 milhões de adultos no Brasil (Ministério da Saúde, 2022) e que tem individualidades/ particularidades para cada um destes pacientes. Doença, esta, “sem cura” e com controle!

Você deve estar se perguntando:  

_ Ah, mas… eu também tomo o mesmo medicamento do meu vizinho que é diabético?

_ Sim, você toma!

Entretanto, você, diabético, não tem a mesma condição física e seus exames clínicos-laboratoriais não são idênticos aos dele!

Então, caríssimo, não se iluda!

A busca nos dispositivos de voz ou nos sites são direcionados ao seu perfil!

Como fazer? Quer usar plantas? Quero usar a Fitoterapia pois é natural…

Ah, gente! Eu quero muito falar vários idiomas e o que que eu faço?

Estudo com quem sabe!

Ou seja, o conhecimento, ele é ensinado. Precisa ser aprendido em todos os aspectos e assim seremos realmente multiplicadores deste conhecimento.

Para usar uma planta, devemos conhecer da origem desta planta, passando pelas etapas de cultivo, colheita, pós-colheita, secagem, processamento, produção de medicamento, controle de qualidade e prescrição. Lembrando que para prescrever, deve-se saber todo quadro clínico do paciente, conhecer a patologia e a farmacologia dos medicamentos utilizados.

Agora, você está com algumas perguntas! Tentarei respondê-las!

  • Pergunta 1: Ah, mas o autodidata aprendeu sozinho?

Resposta: Não, ele aprendeu nos livros. Ele estudou sozinho, isto é, aprendeu com mais de 300 pesquisadores que escreveram os livros, com resultados de outro um milhão de pesquisadores que se dedicaram a estudar todos estes aspectos das plantas medicinais e da produção do medicamento fitoterápico, e isso, inclui os chás!

  • Pergunta 2: E os raizeiros?

Resposta: O raizeiro aprendeu com seus ancestrais. É o conhecimento tradicional (etnofarmacológico e etnobotânico) que passa entre as gerações.

A ciência, que transforma vidas, é mutável, evolui. Precisa ser aprendida, estudada com novas ferramentas, para ser validada.

Enquanto os sites de busca ofertam ou indicam a você 200 possibilidades de uso de plantas em uma dada situação, um bom profissional se restringe, muitas vezes, em apenas um fitoterápico, pois conhece seu quadro clínico, a planta e/ou o medicamento fitoterápico que está prescrevendo!

 DICA DO DIA:

Fique atento às suas escolhas. Não se iluda com plantas, não pense que por ser da natureza, dito natural, não tenha problema usar!

Toda planta tem princípio ativo e se usada de forma errada, pode ter vários efeitos colaterais e levar a morte, sim!

A diferença entre medicamento e veneno está na dose!

Paracelsus, Século XVI

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